Desenvolvendo uma consciência de santidade

2º TRIMESTRE 2024

A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA

O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu

COMENTARISTA:  Pr. Osiel Gomes

LIÇÃO 10 – DESENVOLVENDO UMA CONSCIÊNCIA DE SANTIDADE (1Pd 1.13-22)

INTRODUÇÃO

Estamos caminhando para o final de nossa jornada, e na aula de hoje precisaremos analisar o desdobramento mais importante desde o dia em que resolvemos andar com Cristo: manter-se ao seu lado na caminhada. Hoje estudaremos sobre Santidade e seus desdobramentos. Veremos nesta aula a perspectiva bíblica e teológica da santidade, seus estágios e o porquê devemos viver em santidade.

I – A SANTIDADE À LUZ DA BÍBLIA

1.1 Definição do termo. O substantivo “qodesh”, que se traduz como “santidade”, bem como a palavra grega “hagiosyne”, significam basicamente: “estado de separação do que é comum ou impuro; é a característica do que é consagrado exclusivamente a Deus” (Lv 20.24-26; At 6.13; 21.28; 1Ts 3.13) (WYCLIFFE, 2012, p. 1760 – acréscimo nosso). Segundo Jones (2015, p. 76): o substantivo “qodesh” é usado como raiz das demais formas, incluindo a forma verbal, “qodash”, normalmente traduzida por “ser santo”, “santificar” ou “consagrar”. Santidade e o adjetivo santo ocorrem mais de 900 vezes na Bíblia (TYNDALE, 2015, p. 1656), ficando clara a importância dada pelas Escrituras a tal doutrina.

II – A NATUREZA DA SANTIDADE

A Bíblia mostra claramente a necessidade de vivermos uma vida santa por meio de várias exortações (Rm 13.13,14; Ef 4.17-24; Fp 4.8,9; Cl 3.5-10). A responsabilidade do crente quanto à santificação, é destacada pelo escritor aos Hebreus (Hb 12.14-a) (CHAMPLIN, 2002, p. 647). Sobretudo, a necessidade de uma vida santa é vista ao afirmar que: “[…] sem a santificação ninguém verá ao Senhor” (Hb 12.14-b). A vontade de Deus tem sido sempre de que seus filhos reflitam seu caráter (Tt 2.14). A palavra “santo” tem os seguintes sentidos. Notemos:

2.1 Santidade é uma ordem divina. Sendo Deus Santo exige dos seus filhos a santificação (Lv 11.44; Lv 19.1, 2; Lv 20.6; 1Pe 1.16). Santidade é o alvo e o propósito da nossa eleição em Cristo (Ef 1.4); significa ser semelhante a Deus, ser dedicado a Deus e viver para agradar a Deus (Rm 12. Ef 1.4; 2.10). A perfeita obra de Deus realiza uma santidade real que conforma ao padrão de Deus (Rm 8.3-4; 1Pe 1.15-16).

2.2 Santidade é separação. A palavra descritiva da natureza divina é santidade, e seu significado primordial é “separação” (Lv 20.24,26; Is 52.11; Ml 3.18); portanto, a santidade representa aquilo que está em Deus, que o torna separado de tudo quanto seja imundo ou pecaminoso. Quando Ele deseja usar uma pessoa ou um objeto para seu serviço, ele separa essa pessoa ou objeto e em virtude dessa separação tomam-se “santo” (2Co 6.14,15; 2Tm 2.21).

2.3 Santidade é consagração. No sentido de viver uma vida santa e justa, em conformidade com a palavra de Deus e dedicada ao serviço divino; o cristão passa a viver em busca da remoção de qualquer impureza que impossibilite esse serviço. Sendo assim, Deus deu ao seu povo, a nação de Israel, o código de leis de santidade que se acham no livro de Levítico. Entendemos então que o padrão de vida de um povo que busca a santificação é viver uma vida de consagração (2Co 6. 16b). A santificação é praticada e aplicada ao viver diário do crente (Pv 4.18; 2Co 3.18; 7.1; 2Pe 3.18), é a santificação vivencial (2Co 7.1; Hb 12.14).

2.4 Santidade é dedicação. Santificação inclui tanto a separação de”, como dedicação a” alguma coisa; essa é a condição dos crentes ao serem separados do pecado e do mundo e feitos participantes da natureza divina, e consagrados à comunhão e ao serviço de Deus por meio do Mediador. Israel é uma nação santa, por ser dedicada ao serviço de Jeová (Êx 19.6); os levitas são santos por serem especialmente dedicados aos serviços do tabernáculo (Nm 8.6-26). A palavra “santo” quando referente aos homens ou objetos, expressa o pensamento de que esses são usados no serviço divino e dedicados a Deus, no sentido especial de serem sua propriedade (2Co 6. 17,18).

2.5 Santidade é purificação. Embora o sentimento primordial de “santo” seja separação para serviço, inclui também a ideia de purificação. O caráter de Deus age sobre tudo que lhe é consagrado. Portanto, os homens consagrados a ele participam de Sua natureza. As coisas que lhe são dedicadas devem ser limpas e puras (2Co 7.1) Sendo assim, entendemos que pureza é uma condição de santidade (1Jo 3.3). A santidade é a marca característica de um verdadeiro servo de Deus, tanto no AT, pois, o caráter santo de Deus deveria ser refletido na vida de Israel (Lv 11.44; Nm 15.40), como no NT, onde nos é dito que a nossa santificação é a vontade direta e perfeita de Deus para nós (1Ts 4.3).

III – A NECESSIDADE DE UMA VIDA SANTA

A Bíblia mostra claramente a necessidade de vivermos uma vida santa por meio de várias exortações (Rm 13.13,14; Ef 4.17-24; Fp 4.8,9; Cl 3.5-10). No processo da santificação progressiva o homem não é de todo passivo como na regeneração, antes, os cristãos recebem a ordem de mortificar os desejos da carne (Rm 8.13), nesse texto, Paulo indica que é pelo Espírito que fazemos isso, porém, diz que a atitude é nossa (Cl 3.5). A responsabilidade do crente quanto à santificação, é destacada pelo escritor aos Hebreus (Hb 12.14-a), ao usar o termo “segui”, do grego “dioko”, que significa: “perseguir, pressionar, correr após, esforçar-se por”, palavra usada figuradamente para indicar uma busca moral e espiritual bem definida, tendo um alvo em vista (Champlin, 2002, p. 647). Sobretudo, a necessidade de uma vida santa é vista ao afirmar que: “[…] sem a santificação ninguém verá ao Senhor” (Hb 12.14-b), ficando claro que os que se moldam às paixões da carne e do mundo, tornam-se reprováveis diante de Deus, não podendo estar em sua presença (Sl 15.1-5; 24.1-3; Mt 5.8; Gl 5.19-21; Ap 21.8; 22.14,15). A vontade de Deus tem sido sempre de que seus filhos reflitam seu caráter (Tt 2.14), revelando sua identificação com Cristo (Rm 8.29-30; 2Co 3.18; 7.1; Gl 4.19; Ef 1.4; 2.10; 4.13; 1Ts 3.13; 4.3,7; 5.23).

IV – A ABRANGÊNCIA DA SANTIFICAÇÃO

4.1 A santificação como marca de uma vida guiada pelo Espírito. Para um cristão cuja vida é consagrada a Deus, a divisão entre “secular” e “sagrado”, em certo sentido não são duas coisas diferentes. Ao viver para a glória de Deus, a vida do servo de Deus em todos os aspectos deve ser marcada pela santidade, como exorta o apóstolo Pedro: “[…] em toda a vossa maneira de viver” (1Pd 1.15; ver Sl 103.1; 1Ts 5.23). Nenhum aspecto da nossa vida está excluído desse imperativo divino, até mesmo atividades comuns, como comer e beber, devem ser realizadas para a glória de Deus, como afirma o apóstolo Paulo: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (1Co 10.31). Semelhantemente o apóstolo Paulo nos encoraja a nos manter puros no corpo e no espírito (2Co 7.1; ver 1Co 7.34). Sendo assim, nosso procedimento deve resplandecer o caráter de Deus, a santidade daquele que nos chamou por Seu Filho para a salvação (Rm 8.29; Ef 1.4) (Lopes, 2012, p. 50 – acréscimo nosso).

V – CARACTERÍSTICAS DE UMA VIDA SANTA

Segundo Perlman (2009, pp. 255,256 – acréscimo nosso), são meios divinamente estabelecidos para a santificação do homem: o sangue de Cristo (Hb 10.10,14; 13.12; 1Jo 1.7), o Espírito Santo (1Co 6.11; 2Ts 2.13; 1Pd 1.1,2; Rm 15.16) e a Palavra de Deus” (Sl 119.9; Jo 17.17; 15.3; Ef 5.26; Tg 1.23-25; 1Pd 1.23), que atuam interna e externamente. Notemos algumas características relacionadas a uma vida santa:

5.1 Desprendimento (1Pd 1.13-a). Os povos do oriente usavam túnicas longas, e quando desejavam andar mais rápido ou sem impedimento, prendiam a túnica com um cinto (Êx 12.11). A imagem é a de um homem que prende as pontas do manto a seu cinto, ficando livre, assim, para correr. Aos que desejam viver uma vida piedosa, devem se abster de tudo que sirva de atrapalho em sua caminhada: “[…] deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta” (Hb 12.1), evitando qualquer distração que impeça a sua conduta (2Tm 2.4), ocupando a mente com o que de fato é puro (Fp 4.8).

5.2 Obediência e reverência (1Pd 1.14,17). Antes da conversão a Cristo o homem por natureza, é filho da desobediência (Ef 2.2). O apóstolo Pedro ressalta que agora, após a experiência da salvação, não podemos mais viver nas práticas do passado que determinavam o nosso modelo de vida (1Pd 1.14,15); “não vos amoldeis” significa não entrar no esquema, no modelo. Originalmente, a palavra significava assumir a forma de alguma coisa, a partir de um molde de encaixe, os cristãos são chamados a “mudar de forma”, e a assumir o padrão de Deus (Rm 12.2), vivendo respectivamente de maneira reverente, ou seja, tendo a atitude de quem fala cada palavra, cumpre cada ação e vive cada momento consciente de Deus tendo consciência de que nossas atitudes serão julgadas pelo justo juiz (Dt 10.17; Rm 2.11; 1Pd 4.17).

5.3 Amor sincero (1Pd 1.22). A vida santa também tem como marca a prática do amor sincero, e isto Pedro afirma como resultado da regeneração: “[…] amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente, pois fostes regenerados […]” (1Pd 1.22,23 – ARA). Esse amor esperado é o que evidencia que passamos da morte para a vida (1Jo 3.14), e caracteriza o verdadeiro discípulo de Jesus (Jo 13.35; ver Rm 12.9; 1Jo 3.18). O amor é a marca do cristão, pois é a evidência mais eloquente da nossa salvação (LOPES, 2012, p. 58).

CONCLUSÃO

A Palavra de Deus, como regra de fé e prática do cristão, descreve os princípios divinos que direcionam e guiam a vida do verdadeiro servo de Deus, independente de sua cultura, status social e época. Para os que desejam agradar a Deus, devem entender a necessidade de ter como estilo de vida, a santidade.

REFERÊNCIAS

  • ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
  • CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
  • JONES, Landon. O Deus de Israel: na teologia do Antigo Testamento. HAGNOS.
  • LOPES, Hernandes dias. Comentário Expositivo 1 Pedro: Com os pés no vale e o coração no céu. HAGNOS.
  • PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. VIDA.

Fonte: portal rbc1/lições

As epístolas instruem e formam os cristãos

1º TRIMESTRE 2022

A SUPREMACIA DAS ESCRITURAS

A inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus

COMENTARISTA:  Pr. DouglasBaptista

LIÇÃO 12 – AS EPÍSTOLAS INSTRUEM E FORMAM OS CRISTÃOS – (1Co 1.1-3; 1Pd 1.1,2; 2Jo 1.1-3)

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a função das epístolas na formação dos cristãos. Primeiramente veremos uma definição da palavra epístola, em seguida demostraremos sua importância e como estão organizadas. E por fim, elencaremos as principais instruções e recursos apresentados nas cartas do Novo Testamento para formar o caráter cristão.

I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA EPÍSTOLA

1.1 Definição. No grego, “epistole”, (carta, despacho), sempre indica alguma espécie de comunicação escrita. E também indica a palavra portuguesa (epístola), que já é uma forma de missiva mais formal que uma simples carta. Uma epístola teria uma maior qualidade literária que uma carta, além de conter uma mensagem mais importante, que faz contraste com o caráter informal e, algumas vezes, superficial, de uma simples carta. A raiz verbal dessa palavra grega é “epistello”, que significa: enviar a, enviar uma carta, expedir uma ordem ou comando, anunciar. O vocábulo também pode significar, naturalmente: escrever uma carta. Todavia, o termo grego “epistole” não contém nenhuma distinção entre uma epístola formal e uma carta informal, conforme se dá no português (CHAMPLIN, 2004, vol 2, p. 406).

II – IMPORTÂNCIA E A ESTRUTURA DAS EPÍSTOLAS

2.1 A importância das epístolas. As epístolas como forma de correspondência não foram criadas pelo cristianismo; já existiam bem antes. Mesmo assim, os cristãos deram para ela uma utilização muito grande. Foi o veículo usado pelos apóstolos para comunicação entre eles e as igrejas do primeiro século. Podemos verificar isso em textos como o escrito por Paulo: “E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses; e a que veio de Laodiceia, lede-a vós também” (Cl 4.16). Esse meio de comunicação era tão importante e urgente que o apóstolo dos gentios responsabilizava diante de Deus os portadores da carta: “Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola seja lida a todos os santos irmão” (1Ts 5.27). Isso, porque as epístolas continham os ensinos apostólicos (2Ts 2.15). E para garantir a originalidade do documento, o apóstolo Paulo ainda colocava um sinal distintivo: “Saudação da minha própria mão, de mim, Paulo, que é o sinal em todas as epístolas; assim escrevo” (2Ts 3.17).

2.2 Estrutura das epístolas. Em geral, as epístolas do NT seguem a forma padrão das cartas antigas, como pode ser visto pelo estudo da extensa correspondência em papiros que foi preservada. A ordem epistolar usual era: nome do escritor e destinatários, saudação, oração ou desejo de bem-estar dos leitores, corpo da carta e saudações finais (WICLIFFE, 2006, p. 653). Vemos esse modelo sendo usado por Paulo nas cartas por ele escritas (Rm 1.1; 1Co 1.1,2; Gl 1.1; Ef 1.1,2).

III – DIVISÃO DAS EPÍSTOLAS DO NOVO TESTAMENTO

Existem 21 epístolas no Novo Testamento, que vão desde Romanos até a epístola de Judas. Em decorrência da diversidade delas, a melhor forma de agrupá-la é por autor. Treze são de autoria de Paulo, uma de Tiago, duas de Pedro e três do apóstolo João e uma de Judas; além desta, existe uma carta anônima: a epístola aos hebreus.

  • As epístolas paulinas. Provavelmente foram os primeiros escritos do Novo Testamento. Pela ordem cronológica, o primeiro livro do Novo Testamento é 1 Tessalonicenses, escrito em 52 d.C.; a segunda epístola a Timóteo foi escrita em 67 d.C., pouco antes do martírio do apóstolo Paulo em Roma. Esses livros foram também os primeiros a serem aceitos como canônicos. Pedro chama os escritos do apóstolo Paulo de “Escrituras”, título aplicado somente à Palavra inspirada por Deus. (2Pd 3.15,16). As cartas paulinas, em número de 13, podem ser agrupadas pelo assunto principal. Notemos:
  • Epístolas escatológicas. 1 e 2 Tessalonicenses, recebe esse nome devido a ênfase na doutrina das últimas coisas. O apóstolo fala sobre o arrebatamento da Igreja (1Ts 4.17) esclarece que após esse evento, o Anticristo se manifestará ao mundo (2Ts 2.2,38), além disso, recomenda que os cristãos se consolem com a vinda de Senhor (1Ts 4.18).
  • Epístolas soteriológicas. Pelo forte conteúdo na doutrina da salvação as cartas aos Romanos, 1 e 2 Coríntios e Gálatas recebe esse nome. Nelas o apóstolo fala da Justificação pela fé (Rm 1.17), assevera que as obras da lei não salvam (Gl 2.15) e ressalta a importância da morte e ressurreição de Cristo (1Co 15.3-4).
  • Epístola da prisão. O apóstolo dos gentios encontrava-se preso em Roma, mas tinha liberdade para ensinar. Durante o período de dois anos de reclusão, o apóstolo escreveu as importantíssimas epístolas aos Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemon (SHEDD, 2005, p. 11)
  • Epístolas pastorais. Essas cartas (1 e 2 Timóteo, Tito) recebe essa nomenclatura porque o conteúdo principal delas são dirigidos aos líderes das igrejas. Podemos encontrar nelas as recomendações e os requisitos para o obreiro servir na obra de Deus, com dedicação e amor.
  • Epístolas gerais. As epístolas de: Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro; 1, 2 e 3 João e Judas foram agrupadas e chamadas de universais, em virtude dessas serem dirigidas a um público mais amplo, e não a uma igreja ou pessoa em particular.

IV – AS EPÍSTOLAS INSTRUEM SOBRE AS DOUTRINAS APOSTÓLICAS

4.1 Instruem sobre a doutrina da salvação. A obra salvífica realizada por Cristo é tema basilar em todas as epístolas, aliás, é o tema central das Escrituras Sagradas. Os apóstolos enfatizaram a universalidade do pecado, pois “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). Devido a essa condição, a humanidade necessita de um Salvador. E a única solução para restaurar a comunhão pedida em decorrência da queda do homem no Éden é o sacrifício de Cristo na cruz do calvário (Rm 3.25; 2C 5.19; Ef 2.13; Cl 1.20; Hb 9.28; 1Jo 2.2; 4.10). Essa oferta de Cristo, como um cordeiro imaculado, alcança todo homem; por isso, os apóstolos registraram nas epístolas que a salvação é ofertada a todos indistintamente: “…o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2.4). Outros textos confirmam essa assertiva (Rm 5.18, 1Tm 2.4,6, Tt 2.11, Hb 2.9; 2Pd 3.9). Encontramos nas epístolas um tratado completo sobre a eficácia e suficiência da obra do nosso Senhor Jesus para a humanidade.

4.2 Instruem sobre a doutrina da santificação. O apóstolo dos gentios escrevendo aos Tessalonicenses afirma: “…Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação…” (1Ts 4.3). Essa doutrina é tratada nas epístolas de maneira vital e urgente (Rm 13.13,14; Ef 4.17-24; Fp 4.8,9; Cl 3.5-10; 1Ts 4.3). No processo da santificação progressiva o homem não é de todo passivo como na regeneração, antes, os cristãos recebem a ordem de mortificar os desejos da carne (Rm 8.13), nesse texto, Paulo indica que é pelo Espírito Santo que fazemos isso, porém, diz que a atitude é nossa (Cl 3.5). A responsabilidade do crente quanto à santificação, é destacada pelo escritor aos Hebreus (Hb 12.14-a), ao usar o termo “segui”, do grego “dioko”, que significa: “perseguir, pressionar, correr após, esforçar-se por”, (CHAMPLIN, 2002, p. 647). Sobretudo, a necessidade de uma vida santa é vista ao afirmar que: “[…] sem a santificação ninguém verá ao Senhor” (Hb 12.14-b), ficando claro que os que se moldam às paixões da carne e do mundo, tornam-se reprováveis diante de Deus, não podendo estar em sua presença (Sl 15.1-5; 24.1-3; Mt 5.8; Gl 5.19-21; Ap 21.8; 22.14,15).

4.3 Instruem sobre o arrebatamento da Igreja. Um dos assuntos recorrentes nas epístolas é sobre a vinda do Senhor; as cartas recomendam a preparação da Igreja enquanto noiva do cordeiro para o encontro com o Senhor. O apóstolo Paulo fez menção desse evento na missiva aos coríntios: “num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformado.” (1Co 15.52). Escrevendo aos Tessalonicenses (1Ts 4.13-18), o apóstolo apresenta a sequência do arrebatamento: ) O Senhor descerá do céu; ) Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; e ) Os salvos que estiverem vivos serão arrebatados. Portanto, o Arrebatamento da Igreja é o momento glorioso em que Jesus levará a Sua Igreja para junto de Si. Este ensino, da vinda iminente de Jesus Cristo, é relatado em várias passagens nas epístolas do Novo Testamento (1Co 1.7; 16.22, Fp 3.20; 4.5, 1Ts 1.10; 4.15-18; 5. 6; 1Tm 6.14; Tt 2.13; Hb 9.28; Tg 5.7-9; 1Pd 1.13; Jd 21).

V – AS EPÍSTOLAS AUXILIAM NA FORMAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO

5.1 As epístolas ressaltam o caráter cristão. Esse tipo de caráter é implantado no crente por ocasião da regeneração. Este termo se origina da expressão grega “paliggenesia”, que significa: “novo nascimento, renovação, recriação” (Jo 3.5; 2Co 5.17; Tt 3.5). É por meio do novo nascimento que a imagem de Deus é restaurada no homem, o Espírito Santo passa a residir nele, produzindo as virtudes de Cristo, a medida que este se deixa conduzir pelo Espírito (Gl 5.22).

5.2 As epístolas ressaltam o Espírito Santo na formação do caráter cristão. O Espírito de Deus ocupa-se da tarefa de nossa transformação espiritual, desde o convencimento do pecado (Jo 16.8), a regeneração (Jo 3.5; Tt 3.5), e a santificação (2Ts 2.13; 1Pd 1.2). O Espírito Santo é mencionado algumas vezes no AT como “Espírito” (Gn 1.2; Êx 31.3; 104.30; Is 44.3; 37.14); em outras passagens como Espírito Santo (Is 63.10,11; Sl 51.11). Já no NT, onde se dá especificamente a dispensação do Espírito, Ele é mais citado como “Espírito Santo”, o que destaca seu principal ministério na igreja: santificar o crente. Essa distinção de ofício do Espírito Santo no Antigo e NT é claramente percebida em 2Corintios 3.7,8. Segundo Champlin (2004, p. 649): “O Espírito Santo trabalha no caráter básico de todos nós, porém, o nosso próprio desenvolvimento, apressa ou retarda essa atuação do Espírito”.

5.3 As epístolas ressaltam a Palavra de Deus na formação do caráter cristão. A Palavra de Deus tem a função de santificar o homem (Sl 119.9; Jo 15.3; 17.17). Paulo disse a Timóteo que: “toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça” (2Tm 3.16). Os símbolos da Palavra também aludem a sua capacidade de moldar o caráter humano, tais como: (a) o fogo que derrete o ferro (Jr 23.29-a); (b) o martelo que esmiúça a pedra (Jr 23.29-b); e, (c) a tesoura que poda os ramos frutíferos (Jo 15.2).

CONCLUSÃO

As epístolas no período do Novo Testamento assumiram papel vital na disseminação dos ensinos apostólicos. Foi por meio delas que a Palavra de Deus com a mensagem de salvação alcançou vários povos. Além disso, os ensinos contidos nelas são usados para a formação do caráter cristão.

REFERÊNCIAS

  • SHEDD, Russell. BÍBLIA SHEDD. VIDA NOVA.
  • CHAMPLIN, NORMAN. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. HAGNOS
  • PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wycliffe. CPAD.

Fonte: portalrbc1.

Santificação: Comprometidos com a ética do Espírito

1º TRIMESTRE 2021

O VERDADEIRO PENTECOSTALISMO

A atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo

COMENTARISTA:  Pr. Esequias Soares

LIÇÃO 06 – SANTIFICAÇÃO: COMPROMETIDOS COM A ÉTICA DO ESPÍRITO
(1Pd 1.13-23)

INTRODUÇÃO

Nesta lição veremos a definição das palavras santificação e ética, e a sua importância na vida cristã, como marca da ação do Espírito; pontuaremos o alcance desta santidade na vida do crente salvo; e, por fim, elencaremos características de uma vida comprometida com a ética do Espírito Santo.

I – DEFININDO OS TERMOS

1.1 Santificação. A expressão santificação advém do latim “sanctificatio” que quer dizer: “separação do mal e do pecado, e dedicação ao serviço do Reino de Deus”. É a forma pela qual o filho de Deus é aperfeiçoado à semelhança do Pai Celeste (Lv 11.44) (ANDRADE, 2006, p. 326). No NT o termo usual para santificação é: “hagiasmos” que significa: “consagração, separação”. Refere-se ao processo que leva o crente a tornar-se uma pessoa dedicada, santa, separada, única e exclusivamente para Deus; consiste na transformação moral segundo a imagem de Cristo (2Co 3.18).

1.2 Ética. A palavra “ética” no grego “ethos” significa: “conjunto de costumes e hábitos fundamentais, no âmbito do comportamento e da cultura, característicos de uma determinada coletividade, época ou região” (HOUAISS, 2001, p. 1271). A ética cristã, segundo Andrade (2006, p. 173 – acréscimo nosso) “é o conjunto de princípios baseados nas Sagradas Escrituras, principalmente nos ensinos de Cristo e de seus apóstolos, cujo objetivo é orientar a conduta do cristão enquanto membro de uma sociedade politicamente organizada”. Desse modo, a ética do Espírito, diz respeito ao estilo de vida, a conduta do crente, que é marcada pela santificação, uma das principais atuações do Espírito Santo no cristão.

II – O ESPÍRITO SANTO E A SANTIFICAÇÃO

2.1 A santidade do Espírito Santo. Assim como Deus é santo (1Pd 1.16); Jesus é santo (At 2.27), o Espírito também o é (Sl 51.11; Is 63.10,11; Mt 1.18,20; 3.11; Lc 1.35; Jo 14.26; 1Ts 4.7-8). A expressão Espírito Santo vem do hebraico: “ruah kadosh” e do grego: “pneuma hagios”. É chamado de Espírito Santo porque Sua obra principal é a santificação (Jo 3.5-8, 16.8; Rm 15.16;1Co 6.11; 2Ts 2.13; 1Pd 1.1,2). Um adjetivo muito comum, para indicar o Espírito de Deus, é “santo”, e no AT este título ocorre três vezes (Sl 51.11; Is 63.10,11). Porém, no NT, a expressão “Espírito Santo” ocorre por mais de 90 vezes, mostrando que, uma das suas principais ações na vida do crente é a santificação: “Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação […]” (Rm 1.4).

2.2 A ética do Espírito Santo. Sobre a conduta do cristão o apóstolo afirmou: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.1). Nessa nova vida, os homens precisam viver de forma diferente do que viviam na antiga (Ef 4.17-30). Se antes costumavam praticar as obras da carne, agora, devem agir na vontade do Espírito de Deus. A expressão “andar” fala de procedimento, modo de vida, práticas, obras. Para o apóstolo, não basta dizer que está em Cristo, é preciso evidenciar isto, andando no Espírito (Gl 5.16,18,25).

III – A IMPORTÂNCIA DE UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO

3.1 O processo de santificação na vida do salvo. A Bíblia mostra claramente a necessidade de vivermos uma vida santa por meio de várias exortações (Rm 13.13,14; Ef 4.17-24; Fp 4.8,9; Cl 3.5-10; 1Ts 4.3). No processo da santificação progressiva o homem não é de todo passivo como na regeneração, antes, os cristãos recebem a ordem de mortificar os desejos da carne (Rm 8.13), nesse texto, Paulo indica que é pelo Espírito que fazemos isso, porém, diz que a atitude é nossa (Cl 3.5). A responsabilidade do crente quanto à santificação, é destacada pelo escritor aos Hebreus (Hb 12.14-a), ao usar o termo “segui”, do grego “dioko”, que significa: “perseguir, pressionar, correr após, esforçar-se por”, (CHAMPLIN, 2002, p. 647). Sobretudo, a necessidade de uma vida santa é vista ao afirmar que: “[…] sem a santificação ninguém verá ao Senhor” (Hb 12.14-b), ficando claro que os que se moldam às paixões da carne e do mundo, tornam-se reprováveis diante de Deus, não podendo estar em sua presença (Sl 15.1-5; 24.1-3; Mt 5.8; Gl 5.19-21; Ap 21.8; 22.14,15).

IV – A ABRANGÊNCIA DA SANTIFICAÇÃO

4.1 A santificação como marca de uma vida guiada pelo Espírito. Para um cristão cuja vida é consagrada a Deus, a divisão entre “secular” e “sagrado”, em certo sentido não são duas coisas diferentes. Ao viver para a glória de Deus, a vida do servo de Deus em todos os aspectos deve ser marcada pela santidade, como exorta o apóstolo Pedro: “[…] em toda a vossa maneira de viver” (1Pd 1.15; ver Sl 103.1; 1Ts 5.23). Nenhum aspecto da nossa vida está excluído desse imperativo divino, até mesmo atividades comuns, como comer e beber, devem ser realizadas para a glória de Deus, como afirma o apóstolo Paulo: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (1Co 10.31). Semelhantemente o apóstolo Paulo nos encoraja a nos manter puros no corpo e no espírito (2Co 7.1; ver 1Co 7.34). Sendo assim, nosso procedimento deve resplandecer o caráter de Deus, a santidade daquele que nos chamou por Seu Filho para a salvação (Rm 8.29; Ef 1.4) (LOPES, 2012, p. 50 – acréscimo nosso).

V – RAZÔES PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO

5.1 A santidade de Deus (1Pd 1.16). Santidade tanto no AT como no NT, é atributo que no seu sentido mais elevado e absoluto, se aplica a Deus. O Senhor é descrito como “o Santo de Israel”. Esse título aparece cerca de vinte e quatro vezes no livro do profeta Isaías (Is 10.20; 12.6; 17.7; 29.19; 30.11,12,15; 31.1; etc), aparecendo também em outras partes das Escrituras (2Rs 19.22; Jó 6.10; Sl 71.22; 78.41; 89.18; Pv 9.10; 30.3; Jr 50.29; 51.5; Ez 39.7; Hc 1.12; 3.3), tal título indica entre outras coisas, o fato de Deus estar separado da criação e de estar elevado acima da mesma (At 17.24,25), como também alude ao contraste com os deuses falsos (Êx 15.11). O Senhor nos chamou para si, e uma vez que ele é Santo (Lv 11.44; Is 6.3; 1Pd 1.15,16), devemos ser santos (Ef 1.14).

5.2 A salvação em Cristo Jesus (1Pd 1.14,15). O apóstolo Pedro lembra a seus leitores de como eles viviam antes de crerem em Cristo: “[…] não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância (1Pd 1.14) e destaca o que eles passaram a ser pela revelação da graça divina em suas vidas (1Pd 1.13), por meio da fé em Deus (1Pd 1.21), como Pedro declara (1Pd 2.9,10). O fato de terem sido resgatados da vã maneira de viver (1Pd 1.18), pelo precioso, imaculado e incontaminado sangue do Cordeiro, Jesus Cristo (1Pd 1.18,19), tendo a purificação e regeneração pela ação do Espírito Santo por meio da Palavra (1Pd 1.22,23). Portanto, a exigência divina é: “[…] sede vós também santos […]” (1Pd 1.15). Lembrando ainda que: a santidade não é o meio para se obter a salvação, mas, podemos afirmar que é a consequência dela.

5.3 Uma característica do autêntico filho de Deus (1Pd 1.17). A santidade é a marca característica de um verdadeiro servo de Deus, tanto no AT, pois, o caráter santo de Deus deveria ser refletido na vida de Israel (Lv 11.44; Nm 15.40), como no NT, onde nos é dito que a nossa santificação é a vontade direta e perfeita de Deus para nós (1Ts 4.3). A afirmativa bíblica é que os salvos são filhos de Deus (Rm 8.16), sendo assim, temos aqui um argumento lógico e simples, os filhos herdam a natureza dos pais, logo, sendo Deus Santo, como seus filhos, devemos ter uma vida santa. Somos participantes da natureza divina e devemos revelar essa natureza em uma vida piedosa (2Pd 1.4).

VI – CARACTERÍSTICAS DE UMA VIDA COMPROMETIDA COM A SANTIFICAÇÃO

Segundo Pearlman, são meios divinamente estabelecidos para a santificação do homem: “o sangue de Cristo (Hb 10.10,14; 13.12; 1Jo 1.7), a Palavra de Deus” (Sl 119.9; Jo 17.17; 15.3; Ef 5.26; Tg 1.23-25; 1Pd 1.23) e, o Espírito Santo (1Co 6.11; 2Ts 2.13; 1Pd 1.1,2; Rm 15.16) e (2009, pp. 255,256 – acréscimo nosso), que atuam interna e externamente. Notemos algumas características relacionadas a uma vida santa:

6.1 Desprendimento (1Pd 1.13-a). Os povos do oriente usavam túnicas longas, e quando desejavam andar mais rápido ou sem impedimento, prendiam a túnica com um cinto (Êx 12.11). A imagem é a de um homem que prende as pontas do manto a seu cinto, ficando livre, assim, para correr. Aos que desejam viver uma vida piedosa, devem se abster de tudo que sirva de atrapalho em sua caminhada: “[…] deixemos todo o embaraço, e o pecado […]” (Hb 12.1), evitando qualquer distração que impeça a sua conduta (2Tm 2.4), ocupando a mente com o que de fato é puro (Fp 4.8).

6.2 Obediência e reverência (1Pd 1.14,17). Antes da conversão a Cristo o homem por natureza, é filho da desobediência (Ef 2.2). O apóstolo Pedro ressalta que agora, após a experiência da salvação, não podemos mais viver nas práticas do passado que determinavam o nosso modelo de vida (1Pd 1.14,15); “não vos amoldeis” significa não entrar no esquema, no modelo. Originalmente, a palavra significava assumir a forma de alguma coisa, a partir de um molde de encaixe, os cristãos são chamados a “mudar de forma”, e a assumir o padrão de Deus (Rm 12.2), vivendo respectivamente de maneira reverente, ou seja, tendo a atitude de quem fala cada palavra, cumpre cada ação e vive cada momento consciente de Deus tendo consciência de que nossas atitudes serão julgadas pelo justo juiz (Dt 10.17; Rm 2.11; 1Pd 4.17).

6.3 Amor sincero (1Pd 1.22). A vida santa também tem como marca a prática do amor sincero, e isto Pedro afirma como resultado da regeneração: “[…] amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente, pois fostes regenerados […]” (1Pd 1.22,23 – ARA). Esse amor esperado é o que evidencia que passamos da morte para a vida (1Jo 3.14), e caracteriza o verdadeiro discípulo de Jesus (Jo 13.35; ver Rm 12.9; 1Jo 3.18). O amor é a marca do cristão, pois é a evidência mais eloquente da nossa salvação (LOPES, 2012, p. 58).

CONCLUSÃO

A Palavra de Deus, como regra de fé e prática do cristão, descreve os princípios divinos que direcionam e guiam a vida do verdadeiro servo de Deus. Para os que desejam andar na ética do Espírito, devem entender a necessidade de ter como estilo de vida, a santificação.

REFERÊNCIAS

  • ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. CPAD.
  • CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
  • LOPES, Hernandes dias. Comentário Expositivo 1 Pedro: Com os pés no vale e o coração no céu. HAGNOS.
  • PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. VIDA.

Fonte: portalrbc1.